A Arte caminha em vários sentidos diferentes. As possibilidades de percepção paridas por um artista influenciam direta e indiretamente na percepção da Política no mundo contemporâneo. Inúmeros movimentos surgem, e muitos destes amplificam suas vozes através dos fazedores de Arte.
A vida é política, e a Arte a imita – com maestria.
A Política, no entanto, também influencia diretamente no exercício pleno da Arte, sobretudo em tempos de pandemia. O apoio com projetos, leis e verbas é imprescindível para que os artistas possam seguir com seus trabalhos.
Será possível manter a produção cultural independente de políticas públicas?
O setor cultural foi largamente devastado pela pandemia da covid-19 e precisa ancorar-se em políticas públicas que viabilizem seu fortalecimento.
Vimos neste ano projetos como a Lei Aldir Blanc, que apoiou financeiramente fazedores de cultura prejudicados pela paralisação das atividades.
É necessário dar um passo à frente. A Arte não pode ser amparada somente quando estiver sufocada, mas deve ser constantemente incentivada por políticas públicas, com estratégias, projeções e de forma continuada.
Por que a arte é penalizada quando discutimos necessidades humanas e financiamento de projetos?
É sobre criar a identidade de um povo, com suas marcas e percepções. Incentivar uma realidade na qual fazer Arte não seja somente um hobby para muitos, mas um emprego que possa trazer uma renda suficiente.
Hoje, obras como o longa-metragem Parasita (2019), do diretor coreano Bong Joon-Ho, imitam a vida, transcendendo as telas do cinema e indo de encontro a dramas que muitos passam, mesmo que vivam em países e culturas diferentes.
Tais discussões jogam luz em problemas que muitas vezes passam despercebidos pelas pessoas, em um mundo cada vez mais dinâmico e globalizado. A vida é política, e a Arte a imita – com maestria.
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