APÓS O HIATO O GOZO

 FARGO proporciona prazer e emoção na retomada dos grandes eventos de arte da cidade

E de repente em 2020 o mundo parou. O isolamento forçado e a privação do espaço público cortaram como faca o setor cultural “o primeiro a fechar e o último a reabrir”. Medo, luto e incertezas. Por mais exitosas que as adaptações para o formato virtual tenham sido, o gosto amargo da falta de encontros e contato permaneceu como fel no circuito das artes plásticas.

            Por isso, a noite de quinta-feira, 26 de maio, teve um sabor muito especial para quem curte e acompanha o cenário artístico em Goiânia, após todo esse período nebuloso a Feira de Artes Goiás (FARGO) reuniu nas galerias do Centro Cultural Oscar Niemeyer quem estava ávido por grandes eventos do ramo. E não decepcionou.

            Todo o espaço reservado à Feira foi ocupado pelo que há de melhor na arte nacional e local. Entre as muitas obras a serem apreciadas, o público também irá descobrir algumas preciosidades que só o olhar apurado de quem vive e respira arte é capaz de captar.

            Eram muitas as camadas a serem observadas, uma experiência que só foi possível na presença e no encontro. Ver de perto, sem as intermediações tecnológicas necessárias durante à crise pandêmica, as obras expostas tornou tudo mais prazeroso, pois, apenas assim, se conseguiu enxergar tramas, traços e técnicas que se conectam para dar corpo as obras expostas.

            E entre Dis Cavalcanti, Farneses de Andrade e Sirons Franco, também houve campo fértil para o novo. A galeria da FAV, o Muquifo Cultural e o Rumos trouxeram ventos de renovação e frescor para o circuito e mereceram especial atenção, assim como os 20 artistas que participam do Prêmio Estímulo FARGO 22.

            E se a arte se faz no encontro, e por ele, a FARGO foi o cenário para essa conexão. Ter apenas se deixado levar pelas galerias, sem celular – a não ser quando necessário para encontrar o perfil de algum artista numa rede social-, ou pressa, e viver a experiência de ter o corpo exposto ao que há de melhor no cenário da arte não teve preço. A FARGO foi o prazer que tanto esperávamos.

Arte-se!

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